O Mar!
Cercando prendendo as nossas Ilhas!
Deixando o esmalte do seu salitre nas faces dos pescadores,
roncando nas areias das nossas praias, batendo a sua voz de encontro aos montes,
… deixando nos olhos dos que ficaram a nostalgia resignada de países distantes …
… Este convite de toda a hora que o Mar nos faz para a evasão!
Este desespero de querer partir e ter que ficar! …
— Poema do Mar, Jorge Barbosa

Mundos de escolaridade possuem dezessete classes espirituais - Por Luiz de Mattos

Dezessete Classes 

Os espíritos que fazem a sua evolução neste planeta pertencem às primeiras dezessete classes, de uma série de trinta e três.

Essas classes e essas séries são aqui mencionadas apenas — tal a importância da matéria — para facilitar a compreensão do leitor.

Acima da classe décima-sétima, só eventualmente um ou outro espírito encarna neste mundo, não por exigência da sua evolução, mas para auxiliar a humanidade a levantar-se espiritualmente, numa bela e espontânea manifestação de abnegação e desprendimento.

Milhões de outros, de igual categoria, embora não encarnando, se dedicam (principalmente por intermédio das Casas Racionalistas Cristãs) a auxiliar astralmente o progresso dos seus semelhantes menos evoluídos, encarnados neste planeta.

Distribuídos na série de trinta e três classes, de acordo com o grau de desenvolvimento de cada um, os espíritos fazem a sua evolução partindo da seguinte ordem de mundos:

a) mundos materializados — espíritos da 1a à 5a classes
b) mundos opacos — espíritos da 6a à 11a classes
c) mundos intermédios — espíritos da 12a à 17a classes
d) mundos diáfanos — espíritos da 18a à 25a classes
e) mundos de luz puríssima — espíritos da 26a à 33a classes

Os mundos dividem-se, ainda, em duas grandes categorias: mundos de estágio e mundos de escolaridade.

Para os primeiros, vão os espíritos que desencarnam e deixam a atmosfera da Terra, cada um ascendendo ao mundo correspondente à sua própria classe, pois neles não estagiam espíritos de classes diferentes.

Mundos de Escolaridade

Os mundos de escolaridade são de natureza idêntica ao nosso planeta. A eles chegam, por tal razão, espíritos de várias classes para promover, entre si, o intercâmbio de conhecimentos intelectuais, morais e espirituais.

A Terra é um mundo de escolaridade em que as dezessete primeiras classes da série de trinta e três promovem a sua evolução, partindo da primeira e chegando à décima-sétima, em períodos que variam muito, de espírito para espírito, mas que se elevam, sempre, a milhares e milhares de anos.

Para a ascensão de uma classe a outra imediatamente superior, não existem privilégios nem proteções. O princípio de justiça funda-se na lei da igualdade. Todos têm de enfrentar idênticas dificuldades e chegar ao triunfo pelo próprio esforço.

O mau aproveitamento de uma encarnação resulta, inapelavelmente, na necessidade de repeti-la, tendo o espírito de passar pelas mesmas atribulações até conseguir dominar os vícios e as fraquezas e recuperar o tempo que perdeu.
Conforme está explicado no Capítulo 6 desta obra, quando no mundo que lhe é próprio tem o espírito conhecimento do que se passa nos mundos das classes inferiores à sua, mas ignora o que ocorre nas superiores.

Constatando, porém, as enormes vantagens da ascensão a classes mais elevadas, vive sob o incontido desejo de passar para a frente, a fim de alcançar novos conhecimentos e conquistar mais amplos atributos espirituais.

No mundo correspondente à sua classe, o espírito traça os planos para a nova encarnação que deseja, ardentemente, aproveitar ao máximo. Sua maior esperança é não perder tempo na Terra, não fracassar, não tornar inútil o sacrifício de encarnar.
Visão da evolução
vista de cima da espiral
particula individual,
ou no conjunto
A evolução é ininterrupta!

Os espíritos das classes inferiores, especialmente os da primeira, encarnam sob a orientação de outros mais evoluídos. Esses espíritos são como as crianças que precisam de quem as acompanhe ao Jardim de Infância.

Nos mundos de escolaridade, as emoções fazem parte da vida cotidiana. Essa emoções são experimentadas, indistintamente, por todos os seus habitantes. Quando o homem se torna superior às sensações da pobreza e da fortuna que completam o quadro das referidas emoções, aí sim, o sentido da vida espiritual começa nele a despertar.

À medida que evolui, vai o espírito se tornando conhecedor das coisas do Espaço. Se na Terra tanto há que aprender, muito mais, ainda, no Universo. A este, oferece campo o Espaço. O Universo, porém, representa a evolução em marcha.

Prendem-se umas às outras — como elos de uma só corrente — estas três expressões: Espaço, Universo e Evolução. Pesquisar o Espaço, por isso, é estudar o Universo e reconhecer a Evolução.

Há um dever que a todos atinge por igual: Trabalhar para evoluir. Cada qual precisa ocupar o seu lugar e esforçar-se por dar conta das suas atribuições, certo de que tem no Espaço uma posição definida e insubstituível.

Milhões de espíritos encarnados no planeta sentem-se apreensivos por falta de uma bússola norteadora.


Se a que Jesus trouxe, há cerca de vinte séculos, não tivesse sido parcialmente desimantada pela ganância especuladora, muitos e muitos milhões de seres ainda encarnados teriam, há muito, concluído o curso na Terra, e estariam a exercer as suas atividades noutras regiões do Espaço. Tempo perdido não se recupera. É como as águas passadas que não movem moinhos. Ao Racionalismo Cristão cabe uma grande e sublime missão, ainda que bem árdua e por muitos não compreendida: restabelecer a Verdade e reimplantar os magníficos ensinamentos de Jesus na Terra.


Mundos de escolaridade possuem dezessete classes espirituais
Por Luiz de Mattos
Fonte: Livro A Vida Fora da Matéria - Edição Internet