O Mar!
Cercando prendendo as nossas Ilhas!
Deixando o esmalte do seu salitre nas faces dos pescadores,
roncando nas areias das nossas praias, batendo a sua voz de encontro aos montes,
… deixando nos olhos dos que ficaram a nostalgia resignada de países distantes …
… Este convite de toda a hora que o Mar nos faz para a evasão!
Este desespero de querer partir e ter que ficar! …
— Poema do Mar, Jorge Barbosa

Ilha Brava - Brava a sua história

A ilha Brava foi descoberta por Diogo Afonso, escudeiro do Infante D. Fernando, nos anos de 1461 e 1462. A mesma teria sido doada ao Infante D. Fernando, pelo rei D. Afonso V, através de cartas de doação, nas datas de 19 de Setembro e 29 de Outubro de 1642.

Ilha Brava - Brava, a sua história.
A ilha da Brava situa-se a Oeste da ilha do Fogo e a Sul dos seus dois ilhéus: o ilhéu Seco (por não ter água) e o Rombo.

A ilha tem uma superfície de 64 quilómetros quadrados, o seu comprimento é de 10,5 quilómetros e a sua largura de 9,310 quilómetros. A ilha conta com uma altitude máxima de 976 metros.

De início a ilha foi aproveitada para a criação de gado. A sua população viria a ser incrementada a partir do século XVII. Em 1532 consta que já existiam igrejas na ilha.

Era a menos árida das restantes ilhas do Sotavento, contando com ribeiras de boas águas.
Dr. Duarte de Vasconcelos cantou:

“Tuas águas são bálsamos santos
Como os prantos, alívio na dor;
São aflúvios de mágico enleio,
De teu seio, tesouras de amor”.

Mas Brava não viveu só de alegrias, pois em 1773-1775 morreu todo o seu gado. E muitas outras crises aconteceram em 1863-1866 e em 1889-1890.

Brava, foi considerada em tempos idos o “Paraíso do Arquipélago”.
A emigração cabo-verdiana constitui uma resposta política a má gestão colonial dos portugueses. A emigração cabo-verdiana não se limita, como dizia Eugénio Tavares "a um simples exercício mandibular".
Fonte:
http://www.asemana.publ.cv/spip.php?rubrique219&ak=1