O Mar!
Cercando prendendo as nossas Ilhas!
Deixando o esmalte do seu salitre nas faces dos pescadores,
roncando nas areias das nossas praias, batendo a sua voz de encontro aos montes,
… deixando nos olhos dos que ficaram a nostalgia resignada de países distantes …
… Este convite de toda a hora que o Mar nos faz para a evasão!
Este desespero de querer partir e ter que ficar! …
— Poema do Mar, Jorge Barbosa

Espaço e Tempo - Por Luiz de Mattos

Para o espírito, todas as grandezas se confundem, porque ele está em toda parte e em qualquer tempo.

Espaço e Tempo, aliás, com iniciais minúsculas, são duas relatividades que só interessam aos meios físicos. Com letras maiúsculas, no entanto, representam concepções absolutas que a linguagem humana é demasiado pobre para definir, diante da grandeza do Infinito.

Para a Inteligência Universal há — com respeito a Espaço e Tempo — somente uma espécie de Presente Eterno, idéia que não pode ser bem compreendida neste mundo de tamanhas limitações.

Assim, por mais altas que sejam as velocidades não passam de expressões relativas igualmente subordinadas ao meio físico, pois no campo espiritual outros princípios, outras leis regem a vida.

Em sua essência primordial, apenas como Força, o espírito poderá fazer-se presente, instantaneamente, tanto num mundo como noutro, dentro do seu raio de ação, utilizando-se, tão-somente, do campo imantado afim da Força Infinita, componente do Todo.

Essa Força, penetrando e envolvendo todos os corpos do Universo, enche literalmente o Espaço.

Quedando-se o homem na contemplação do Universo, em meditação sobre as incomensuráveis grandezas do Infinito, a perscrutar o sentido criador da vida e o poder ilimitado da Inteligência Universal, há de perceber — se não estiver demasiadamente dominado pelas emoções terrenas — que não passa de um ser de reduzidíssimas dimensões diante da grandiosidade do Universo, e se compenetrará, então, da grande, da imensa caminhada que terá de fazer na longa, na interminável estrada da evolução.

Espaço e Tempo foi escrito por Luiz de Mattos em 1910, quando poucas pessoas tinham acesso ao uso de óculos e haviam raras "lunetas" no mundo.

Vejamos que nos diz este vídeo, que não citou a autoria.

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