Segundo a matéria reproduzida pelo site Novo Milênio, Santos, Brasil em 28/Abril/2006, na edição especial de 26 de janeiro de 1939,
comemorativa do centenário da elevação de Santos à categoria de cidade, o jornal santista A
Tribuna publicou esta matéria (grafia atualizada nesta transcrição):
Augusto Messias de Burgos, foi citado entre os maiores nomes na GALERIA DOS MAESTROS SANTISTAS no início do século XX
GALERIA DOS
MAESTROS SANTISTAS - A
música em Santos
A história da música e seus maiores cultores em
Santos ainda não está bem devassada. Sabe-se que muitos foram os professores e
instrumentalistas no século XIX, conhecem-se-lhes mesmo os nomes, ignorando-se,
contudo, os detalhes de suas vidas e seus dados biográficos. As suas biografias
são, entretanto, os pontos de partida para uma futura pesquisa maior, pois
deixam bem entrever a importância da cultura musical em Santos de cem anos a
esta parte, com uma grande diferença entre a passada e a atual.
No século dezenove orgulhavam-se os moços de tocar
algum instrumento e suas famílias de os verem integrando uma das numerosas
bandas ou orquestras locais. Assim, a música tinha então a importância e a
intensidade do esporte na hora moderna, em parte pela tendência característica
da época, e em parte pela ausência dos derivativos sociais de hoje, as mil e
uma preocupações de ordem material que caracterizam o ambiente santista nesta
altura do século XX.
A causa dessa diferença no terreno musical é a
seguinte: Santos antiga apresentava um movimento intenso de cultura e prática,
com seus bons professores próprios e suas organizações musicais caracterizadas
pela participação em massa dos melhores elementos sociais; e a Santos moderna
apresenta um movimento intenso de cultura, com pouca prática, sem mestres
próprios e quase sem organizações musicais, nas quais, além disso, vê-se a
ausência quase completa dos elementos sociais, dando lugar, rigorosamente
falando, aos profissionais emigrados de outras partes e países.
Luís Arlindo da Trindade, nasceu em 1808, maestro.
Amaro Pinto da Trindade, nasceu em 1836, maestro, mestre de violoncelo e de
mais alguns instrumentos, como saxofone, clarineta e violino, diretor de
orquestra de muita competência e especialista em arranjos e orquestrações, e,
como ele, todos os seus irmãos fizeram nome na divina arte, tornando-se
notáveis professores, como Manoel Pedro Nolasco da Trindade,
concertista de requinta, clarineta, violino e piano;
Tal foi o ambiente em que viveu Amaro Pinto da
Trindade, maestro, compositor, concertista de saxofone, clarineta e violino,
que sobre ele, dizemos que a sua biografia sempre estará incompleta, foi o mais
venerado dos professores de música de Santos; generosidade, simpatia e berço
musical que herdou de seu pai, o maestro Luís Arlindo da Trindade.
Henrique Paulo Trindade, renomado maestro compositor, diretor de bandas e
orquestras.
Jeremias Propheta da Trindade, excelente pistonista.
Manoel Pedro Nolasco da Trindade, fundador da banda Sociedade Musical União dos
Artistas.
Sobre a biografia da família Trindade, solicitamos
acessar o site “Novo Milênio”.
Antonio Damião Mendes da Silva, regente da banda de música do 7º Batalhão de Voluntários
Paulistas.
Fernando Bento de Amorim, clarinetista santense, fundou a banda Sociedade
Musical XV de Abril.
João Narciso do Amaral, foi
regente da banda Sociedade Musical Comércio e Arte.
Ricardo Henrique da Rocha Lima, fundou e regente da Sociedade Musical
Luso-Brasileira.
Luís Antonio da Silva, músico especialista em clarineta.
Antonio Domingues Martins (Totó Martins), músico especialista em bombardino.
Benedicto Calixto de Jesus, nasceu em 1853, (mais tarde famoso pintor e conhecido historiador), músico
especialista em bombardon.
Virgílio Marcondes, músico especialista em bombo.
Aurélio Prado, músico especialista em pistão.
Henrique Paulo da Trindade, fundou a Sociedade Musical Lyra de Apollo e mais
tarde fundou a banda musical da Sociedade Humanitária dos Empregados no
Comércio.
Aurélio Prado, Patrício Soares e o professor Paulino
do Sacramento, foram maestros da banda musical da Sociedade
Humanitária dos Empregados no Comércio.
João Gonçalves Loyo, fundou a Sociedade Musical Colonial Portuguesa.
Camillo dos Santos, exímio violonista, e foi regente da Sociedade
Musical Colonial Portuguesa, com competência, conseguiu com a referida
banda ganhar o primeiro prêmio em um concurso de bandas, em São Paulo, em 1908.
Patrício Adriano Soares, fundou a banda de música do Instituto Da. Escolástica Rosa, que depois foi regida por Henrique Escudero seguido de Aurélio Prado.
Patrício Adriano Soares, fundou a banda de música do Instituto Da. Escolástica Rosa, que depois foi regida por Henrique Escudero seguido de Aurélio Prado.
Aurélio Prado, fundou a banda Corpo de Bombeiros em 7 de outubro de
1899, que depois foi regida por Patrício Adriano Soares.
Augusto Messias de Burgos, 12-7-1868 e desencarnou em 23/04/1945. Cabo-verdiano, foi o fundador da banda de
Música Sociedade Musical União Portuguesa, e maestro da banda
Sociedade Musical Luso-Brasileira, até o ano de 1940 e, em 1936, lançou o livro
de sua autoria “Música e Músicos”. E seu filho,
Augusto Messias de Burgos Junior, 22-11-1902, foi exímio flautista, considerado o
flautista nº. 1 de Santos, também foi professor
de flauta e fundador do conjunto musical “Jazz Cadetes Santistas”.
Fonte: Novo Milênio
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