O Mar!
Cercando prendendo as nossas Ilhas!
Deixando o esmalte do seu salitre nas faces dos pescadores,
roncando nas areias das nossas praias, batendo a sua voz de encontro aos montes,
… deixando nos olhos dos que ficaram a nostalgia resignada de países distantes …
… Este convite de toda a hora que o Mar nos faz para a evasão!
Este desespero de querer partir e ter que ficar! …
— Poema do Mar, Jorge Barbosa

Avaliação do crime - Mário Évora

Penso no perfurar com maldade
Daquelas mãos e pés de um homem condenado
Pelos homens, animais sem piedade,
Os mais ferozes de todo o mundo.


Penso no aguentar daquelas dores cruéis,
Muito mais do que insuportáveis!
Que terrivelmente se aumentaram,
Quando a cruz eles verticalizaram!


Penso naquela maldita lança,
A perfurar-lhe o corpo maldosamente,
Certificado de morte, sem esperança.

Penso no crime que ainda nos entristece:
Pregar um ser, como se madeira fosse
Como se nosso irmão ele não fosse!


Avaliação do crime
Por Mário Évora

Fonte:
A Gazeta do Racionalismo Cristo